O que devo fazer após o sexo sem proteção?

Se você praticou sexo desprotegido — ou se o preservativo se rompeu no meio do ato —, não entre em pânico. Você com certeza não foi a primeira e nem será a última pessoa a passar por isso. No entanto, como você age em seguida pode ser um fator determinante para sua saúde.

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Com informações do “Healthline”, saiba o que fazer após a exposição sexual.

Imediatamente após

Vá ao banheiro

Tente urinar para eliminar fluidos que possam estar dentro de você e minimizar o risco de contrair uma infecção urinária. No entanto, se você tem uma vagina e fez sexo com alguém que tenha um pênis, saiba que essa técnica não reduz os riscos de gravidez.

Lave-se

Você não deve introduzir duchas de água em seu canal vaginal ou retal, pois isso pode aumentar o risco de contrair infecções — além de desregular a flora dessas regiões. No entanto, você pode se lavar normalmente, como faz no banho, para diminuir qualquer desconforto.

Respeite seu momento e planeje os próximos passos

É normal se sentir preocupada, brava ou triste após o sexo desprotegido. Por isso, reconheça seus sentimentos e converse com um familiar, amigo ou profissional da saúde, se desejar. 

Após isso, é importante planejar os próximos passos. Caso você não tenha utilizado nenhum outro método anticoncepcional aliado à camisinha, os contraceptivos de emergência, como a pílula do dia seguinte, podem ser uma saída. Quando tomada em até 24 horas, o medicamento reduz as chances de gravidez em 95%. 

Além disso, a colocação do DIU (dispositivo intrauterino) pode servir como um método contraceptivo de emergência. Para isso, consulte um ginecologista com urgência.

Se você está preocupada com a possível exposição às ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), você deve procurar atendimento médico para tomar a PEP em até 72 horas. Trata-se da profilaxia pós-exposição, um combinado de medicamentos que reduzem o risco de infecções. A PEP pode ser tomada gratuitamente através do SUS, mas sua ingestão não é recomendada após o período de três dias. O tratamento consiste em um a três comprimidos ingeridos diariamente pelo período de 28 dias.

Atente-se aos sintomas

Feridas, coceira, corrimento com odor e dor ao urinar são alguns indicativos de uma possível IST. Fique atenta à região íntima e à boca e, caso algum deles surja, procure um médico com urgência. Perceba também se você apresenta algum sangramento entre seus períodos menstruais. 

Após 2 semanas

Mesmo que você não tenha sintoma algum, realize um teste de ISTs após duas semanas da exposição sexual, pois é a partir desse período que os resultados tornam-se mais confiáveis. Se você receber um diagnóstico positivo, siga as recomendações de seu médico e evite ter relações sexuais com infecções ativas. 

Após 3 semanas

Se a sua preocupação é uma gravidez não planejada, o primeiro sintoma deve ser o atraso na menstruação. Para ter resultados precisos, um teste de gravidez pode ser feito a partir de três semanas após o contato sexual. 

Para testes de HIV e herpes genitais, o mesmo período deve ser aguardado. Se forem feitos antes, os testes podem apresentar um resultado falso negativo. E apesar de não terem cura, essas duas infecções possuem tratamento.

Após 6 semanas

A sífilis é outra IST difícil de ser identificada. Seu período de incubação é maior do que o das outras, portanto, seu teste deve ser feito a partir de seis semanas após o contato sexual. 

Dentre os sintomas da infecção estão pequenas feridas na boca e nas genitais, erupção cutânea nas palmas das mãos ou solas dos pés, febres, dores de cabeça e dores nas juntas.

Após 3 meses

É sempre uma boa ideia fazer testes regulares para ISTs, mesmo utilizando preservativos. Essa é uma maneira de te tranquilizar e assegurar que nenhum teste feito anteriormente tenha resultado em um falso negativo.

Da próxima vez

Acidentes acontecem, e você pode até mesmo ter escolhido fazer sexo sem camisinha. Para evitar preocupações futuras, considere:

• Utilizar contraceptivos de barreira;

• Aliar dois métodos contraceptivos, como camisinha + pílula anticoncepcional, por exemplo;

• Fazer testes de ISTs regularmente em você e seu(ua) parceiro(a).

Se você foi vítima de abuso

Não hesite em pedir ajuda e denunciar. Você pode ligar no Disque 100 — canal de denúncia da Mulher, Família e dos Direitos Humanos —, no Disque 180 — a Central de Atendimento à Mulher —, no 190 — número de telefone da Polícia Militar — ou prestar queixas em uma delegacia. Além disso, é possível realizar uma queixa através do e-mail ligue180@mdh.gov.br e do site Atende Libras, exclusivo para pessoas surdas e com deficiência auditiva.  

Se você se sentir confortável, relate o que aconteceu com você a uma pessoa de sua confiança ou um profissional da saúde mental, e dirija-se ao hospital mais próximo para a realização de exames.

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